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Entrevista: Vibe Rock Festival com Detonautas

A primeira edição do Vibe Rock Festival trouxe lendárias bandas do rock nacional, Tico Santa Cruz da Detonautas bateu um papo com a Rap Dab

No último sábado (25), a estreia do evento Vibe Rock Festival, organizado pela MG ENTRETENIMENTO, abraçou os fãs roqueiros da cidade de Londrina, as apresentações das bandas CPM 22, Detonautas e Di Ferrero, fechando a sua turnê solo, trouxe novos álbuns, mas também a nostalgia de composições conhecidas por diferentes gerações.

Foram mais de seis horas de música, atraindo um grande público de Londrina e região, a banda Detonautas foi a primeira a subir no palco, ali todos os sucessos foram cantados e os dois últimos álbuns “Esperança” e “Álbum Laranja” com suas composições.

DETONAUTAS ROQUE CLUBE

A banda nasceu em 1997 na cidade do Rio de Janeiro e, após algumas alterações ao longo dos anos, é composta por Tico Santa Cruz (vocalista), Renato Rocha (guitarrista), Fábio Brasil (baterista), Philipe (apoio vocal e guitarrista) e André Maca (baixista). Detonautas Roque Clube, mais conhecido como Detonautas, o grupo já participou de diversos festivais históricos da música, abrindo shows de bandas internacionais, como Spy vs Spy, Silverchair e Red Hot Chilli Peppers. 

Está completando 26 anos de estrada, o primeiro DVD foi em 2004, o “Roque Marciano”, além de vários hits na carreira como “O Dia que Não Terminou”, “Retorno de Saturno”, “Quando o Sol se For”, “Olhos Certos”, “Outro Lugar”, “O amanhã”, “Você Me Faz Tão Bem”, entre outros.

Após o show, o vocalista da banda, Luis Guilherme Brunetta Fontenelle, o Tico Santa Cruz, 45, recebeu o Rap Dab no camarim e conversou com o Portal.

ENTREVISTA: TICO SANTA CRUZ I DETONAUTAS ROQUE CLUBE

Rap Dab: Como é para você a presença da Banda no Paraná? E como é cantar para diferentes gerações? O rock proporciona esses fãs de diferentes idades, né?

Tico: Sempre tivemos muito público no Paraná, Detonautas no inicio da carreira, na primeira década ali, até 2010/2011 tivemos muito shows na região do Paraná, é uma região importante para nós. É lógico que o Brasil é multi cultural e existem lugares com outros gêneros musicais mais fortes, mas acho que o rock tem seu espaço, aqui a gente viu um público de variedades em idade bem grande, de crianças aos pais. O Detonautas conseguiu alcançar um status de banda que tem uma longevidade e consegue transpor a barreira do tempo.

Rap Dab: Vocês compõe muitas sobre amor, desilusão, as pessoas imaginam bandas de rock e já pensam em frases de confronto e politica. acredita que essa variedade em discurso também ajuda em ampliar os fãs?

Tico: Somos uma banda que fala sobre a vida, sobre situações humanas, passamos por todos os espectros, então não falamos de um assunto só. Detonautas fala de amor, questões políticas, sociais e existenciais, isso abre um leque de identificação com o público porque cada um se identifica com uma mensagem.

Rap Dab: O Detonautas tem algum segredo para se perpetuar e ser uma das bandas de rock no Brasil que alcançou o mainstream?

Tico: Somos uma banda resiliente, passamos por altos e baixos como todos os artistas e soubemos nos organizar em momentos que não eram tão positivos para se reestruturar e se reinventar e dar a volta por cima. Agora, por exemplo, estamos sentindo que a nave está subindo de novo. Tem toda uma coisa acontecendo no Brasil, um movimento nostálgico da galera 30+ revivendo os anos 2000, isso da um oxigênio maior, assim a gente poder alcançar uma geração que está vindo agora e faz o contato com os shows e com as bandas, através de irmãos e pais que tenham essa identificação com o rock.

Rap Dab: Como foi o lançamento do álbum esperança e na pandemia? Como foi voltar esse contato com o público?

Tico: A pandemia foi um período muito difícil para todo mundo. Nesse período que ficamos sem show, desenvolvemos uma nova forma de compor, gravar a distância e oferecer uma alternativa para banda, sendo mais uma forma de você coexistir e continuar criando. Gravamos dois discos, o “Álbum Laranja”, um disco mais politico e o “Esperança” já mais representativo em sentimentos sobre período de isolamento. O “Esperança” serviu muito para preparar o terreno para o acústico que vamos soltar agora. gravamos o DVD agora, será nosso próximo lançamento e, provavelmente, a nossa turnê deve mesclar entre o formato elétrico e o acústico.

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Ana Carla Dias

Jornalismo e Direção de Arte

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